terça-feira, 1 de abril de 2014

um buraco no coração e outro no bolso

É isso que me deixou o fim da licença maternidade. Quem dera poder ficar mais um pouco integralmente com meu bebê. Poder botá-lo para dormir e amamentar em livre demanda por mais tempo. Descansar das noites mal dormidas. almoçar mastigando bem a comida, sem medo de ser feliz  perder o ônibus e acabar me atrasando.

O primeiro e maior rombo que fica, quando temos que deixar nosso bebê para trabalhar sem que estejamos preparados pra essa separação (acho que nunca estaria) é, sem dúvida, no coração! Por mais que confiemos em quem vai cuidar, por mais que ele não demonstre sofrimento, dá uma dor tão grande. Uma saudadona horrorosa. Mesmo pra mim, que trabalho meio expediente.

Nessa ondinha, perdi uns 2kg em um mês e umas 4 peças de roupa. não dá pra comer um prato de comida normal se você tem que alimentar e arrumar dois filhos sozinha e sair na hora certa. Pra que os imprevistos não atrapalhem a programação há de se antecipar em uns 30 min na arrumação e daí que não tem me restado apetite pra almoçar.

Engulo correndo, tentando não apressar Benício, para que ele coma alguma coisa e tome banho tranquilamente. tomo banho com um olho no peixe (Bê) e o outro no gato (Dan) e, as vezes, visto a roupa em meio a resmungos e lágrimas do baby que prevê minha partida.

Dar aulas enquanto seu seio goteja  leitinho e seu filho em casa toma leite descongelado, no copinho, não é legal, mas graças a Deus que não é o dia todo e que tive o privilégio (nem tanto, nem tanto) de ter uma licença de seis meses.

Chorei, estressei, reclamei, sonhei que ganhava na loteria e não precisava mais trabalhar  , mas não teve jeito. A licença acabou, "e agora, José?"

O que fazer com Danilo? (Benício estuda no horário em que trabalho). Possibilidades:

1. deixar com a sogra
2. berçário
3. babá

A sogra desistiu aos 45 do segundo tempo. Teve seus motivos os quais compreendo e respeito. Juntas visitamos um berçário e quando eu estava quase fazendo a matrícula, por falta de opção, a tia do esposo aceitou o convite que havia feito de cuidar dele (sendo devidamente paga) lá em casa! ufa!

Esse foi rombo no orçamento. Pagar um berçário ou uma pessoa de confiança pra ficar de babá, dificilmente sai barato. Pra muitas pessoas vale mais a pena largar o emprego, felizmente/infelizmente (tem  lado positivo e negativo nisso), não é meu caso. E eis-me aqui:

Laís, mãe-professora, um tanto mais lisa e de coração partido, em fase de adaptação.

(vou acabar por aqui pra ninguém desistir de ler na metade, mas prometo -desejo, de coração, conseguir- escrever mais sobre o assunto!)


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