sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quem nasceu primeiro, o peito ou a chupeta?

Em primeiro lugar, quero deixar claro que não tenho nada contra os pais que dão chupeta aos seus filhos. Sou contra A CHUPETA, não contra as mães, nem os bebês que fazem uso da mesma. Agora assumo, não consigo curtir foto de bebê de chupeta nas redes sociais. É mais forte do que eu! 

O possível "lado bom"de usar a chupeta é que ela, supostamente, acalma o bebê, satisfazendo sua necessidade natural de sucção e, provavelemente, o fazendo dormir melhor, permitindo que a mãe descanse. Mas isso não garante que a real necessidade do bebê seja correspondida. Será que ele só quer sugar algo? Será que ele só te quer por causa do peito, mãe? Creio que não! imagina querer um colinho, um aconchego, calor, cheirinho de mainha e receber um "calaabocadeborracha".

A chupeta, assim como a mamadeira, é uma mania social, um engano geral. A impressão que se tem é que os bebês (ou seriam os pais) não podem viver sem ela. Dizer que não usamos chupeta sempre causa espanto e olhares de piedade. Sempre ouço que sou louca ou corajosa, mas apenas tive um pouco de informação e decidi dar ao meu filho o que tenho de melhor. 

Sobre os males que a emborrachada pode causar...

Desmame precoce (esse me dá calafrios), má formação na arcada dentária, prejuízos respiratórios, infecções de ouvido, rinites ou amigdalites, verminoses, candidíase oral etc.

Não vou me desdobrar em explicações de tudo de ruim que bicos artificiais têm a oferecer pra nossos filhos, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) já fez isso aqui e quem sou eu perto deles??? AVISO: Após a leitura você poderá passar a desconfiar que o pediatra do seu filho comprou o diploma (não entendo médicos que não orientam quanto a isso)!

Repetindo, não sou contra os pais que decidem por dar chupeta (e mamadeira) aos filhos, mas afirmo que, para a maioria dos bebês (alguns casos específicos têm necessidade de fazer uso desses objetos) é desnecessário. Cabe aos responsáveis observarem se a necessidade do cuidador supera todos esses riscos.

Por favor, por favor, não pense, nem diga "eu chupei chupeta e não tive nada disso!" ou "meu filho chupou e não morreu!" Acho mesmo que não vale arriscar!

Por fim, declaro minha insatisfação com a expressão "está te fazendo de chupeta", afinal, um bebê mamífero de qualquer espécie nasce sabendo mamar e sequer saberá o que é uma chupeta a menos que lhe deem uma. Se meu filho passa o dia pendurado em mim, mama sem parar e não me deixa dormir, fazer cocô ou comer, ele está me fazendo (apenas) de mãe!

terça-feira, 1 de abril de 2014

um buraco no coração e outro no bolso

É isso que me deixou o fim da licença maternidade. Quem dera poder ficar mais um pouco integralmente com meu bebê. Poder botá-lo para dormir e amamentar em livre demanda por mais tempo. Descansar das noites mal dormidas. almoçar mastigando bem a comida, sem medo de ser feliz  perder o ônibus e acabar me atrasando.

O primeiro e maior rombo que fica, quando temos que deixar nosso bebê para trabalhar sem que estejamos preparados pra essa separação (acho que nunca estaria) é, sem dúvida, no coração! Por mais que confiemos em quem vai cuidar, por mais que ele não demonstre sofrimento, dá uma dor tão grande. Uma saudadona horrorosa. Mesmo pra mim, que trabalho meio expediente.

Nessa ondinha, perdi uns 2kg em um mês e umas 4 peças de roupa. não dá pra comer um prato de comida normal se você tem que alimentar e arrumar dois filhos sozinha e sair na hora certa. Pra que os imprevistos não atrapalhem a programação há de se antecipar em uns 30 min na arrumação e daí que não tem me restado apetite pra almoçar.

Engulo correndo, tentando não apressar Benício, para que ele coma alguma coisa e tome banho tranquilamente. tomo banho com um olho no peixe (Bê) e o outro no gato (Dan) e, as vezes, visto a roupa em meio a resmungos e lágrimas do baby que prevê minha partida.

Dar aulas enquanto seu seio goteja  leitinho e seu filho em casa toma leite descongelado, no copinho, não é legal, mas graças a Deus que não é o dia todo e que tive o privilégio (nem tanto, nem tanto) de ter uma licença de seis meses.

Chorei, estressei, reclamei, sonhei que ganhava na loteria e não precisava mais trabalhar  , mas não teve jeito. A licença acabou, "e agora, José?"

O que fazer com Danilo? (Benício estuda no horário em que trabalho). Possibilidades:

1. deixar com a sogra
2. berçário
3. babá

A sogra desistiu aos 45 do segundo tempo. Teve seus motivos os quais compreendo e respeito. Juntas visitamos um berçário e quando eu estava quase fazendo a matrícula, por falta de opção, a tia do esposo aceitou o convite que havia feito de cuidar dele (sendo devidamente paga) lá em casa! ufa!

Esse foi rombo no orçamento. Pagar um berçário ou uma pessoa de confiança pra ficar de babá, dificilmente sai barato. Pra muitas pessoas vale mais a pena largar o emprego, felizmente/infelizmente (tem  lado positivo e negativo nisso), não é meu caso. E eis-me aqui:

Laís, mãe-professora, um tanto mais lisa e de coração partido, em fase de adaptação.

(vou acabar por aqui pra ninguém desistir de ler na metade, mas prometo -desejo, de coração, conseguir- escrever mais sobre o assunto!)