quinta-feira, 25 de setembro de 2014

E a introdução alimentar?

É natural que fiquemos ansiosos para vivenciar cada etapa de desenvolvimento dos nossos filhos, entretanto, tal ansiedade pode não ser saudável, em algumas situações causando pressão para a criança ou antecipando momentos pelos quais poderíamos esperar, sem prejuízos.

Quando Benício tinha entre 4 e 5 meses começamos a introdução alimentar. A pediatra havia citado alguns sinais que mostrariam, segundo ela, que a criança estava pronta para tal. Não citarei os sinais, pois hoje, acredito ser mais adequada e segura a oferta de novos alimentos a partir do sexto mês de vida do bebê (quando a maioria apresenta os mesmos), bem como o aleitamento materno exclusivo até essa idade. Começamos oferecendo maçã cozinhada, para evitar possíveis alergias, como pulei a consulta do quinto mês, foi a única coisa que ele experimentou precocemente (que sorte!)

fechados os seis meses, passei a dar de tudo, amassado no garfo (mesmo ele não tendo dentes ainda), cozinhado separadamente até aproximadamente 1 ano. Desde o primeiro dia ele aceitou bem todos os alimentos, salgados e frutas e sempre batia um pratão. 

Saldo da introdução alimentar de Bê: aleitamento materno quase, quase exclusivo até o sexto mês, introdução de diversos alimento ao mesmo tempo (NÃO FAÇAM ISSO), amassados.

Antes do nascimento de Danilo eu já havia optado pela amamentação exclusiva, em livre demanda (sempre que o bebê quiser) até seis meses. Participando de grupos no facebook sobre introdução alimentar, comecei a ler sobre BLW e as leituras me convenceram que era uma boa opção. Como eu voltaria a trabalhar pouco depois de iniciada a oferta de alimentos, não tive coragem de bancar a exclusividade do método, Pela tranquilidade, segurança e conforto de todos (mãe, bebê e babá), decidi mesclar as velhas papinhas amassadas no garfo com a oferta de pedaços de alimentos que ele pudesse segurar e comer, ou não, livremente. 

A sigla BLW significa Baby Led Weaning, passando para o português poderíamos chamar de "desmame guiado pelo bebê", embora saibamos que o leite materno continua sendo o principal alimento até 1 ano e que a amamentação deve prosseguir até 2 anos OU MAIS! 

O método consiste em deixar o interesse do bebê ser a motivação, o guia para que ele comece a se alimentar com outros alimentos fora o leite materno, ou fórmula para os que não mamam mais, Os alimentos devem ser ofertados em tiras do tamanho de um dedo ou pedaços que ele possa segurar, deixados a frente do bebê, para que com a própria mão ele os leve a boca. frutas macias e legumes cozinhados no vapor parecem ser os mais apropriados para os que querem iniciar o BLW.

As principais preocupações dos pais e cuidadores giram em torno de duas perguntas: 1. Ele/ela não vai engasgar? 2.Como saber se ele/ela está comendo o suficiente?

1. Quanto ao engasgo, temos que saber diferencia-l do chamado "gag reflex" que é um movimento involuntário que o bebê faz para colocar pedaços os quais não consegue engolir para fora. Embora pareça que o bebê vai vomitar, o gag reflex é o seu corpo agindo para o proteger do verdadeiro engasgo. É muito comum no início da introdução alimentar e caso aconteça devemos nos manter atentos e esperar que o pedaço de comida saia naturalmente. Devemos nos preocupar apensa se percebermos que a criança tem dificuldade para respirar, nesse caso precisaremos de uma manobra para desengasgá-la, mas isso não deve ser uma preocupação apenas de quem opta pelo BLW. Supervisionar os bebês enquanto comem é imprescindível independente da apresentação dos alimentos.

2. Não há como ter certeza de quanto o bebê está ingerindo e muitas vezes a impressão é de que não comeram nada, Temos que confiar nos nossos filhos. Eles comerão exatamente o quanto precisarem, o que é um dos pontos positivos do BLW. Quando insistimos para que as crianças comam "só mais uma colherada" podemos estar acabando com a sensação de saciedade deles e os fazendo criar um hábito muito comum: comer mais do que precisamos, o que aumenta as chances de obesidade.

Apesar de prático, quanto a preparação dos alimentos, o BLW, dá um pouco mais de trabalho na hora de limpar. A bagunça final é grande, mas o desenvolvimento motor e a relação que ele proporciona entre o bebê e o alimento fazem valer a pena!

É interessante ressaltar que, a princípio, o método foi desenvolvido para crianças que mamaram exclusivamente no peito até o sexto mês de vida. Tais crianças, possivelmente, teriam um desenvolvimento motor diferenciado e estariam,  mais maduras para lidar com diferentes texturas. Elas inclusive vivenciaram um maior treinamento contra engasgos , visto que o bico do peito tem cerca de oito furos por onde pode sair descoordenadamente o leite. Além disso a musculatura da face estaria melhor desenvolvida, por conta do treinamento feito através da sucção do seio materno, que exige um movimento diferenciado da sucção dos bicos artificiais. Apesar disso, há relatos de sucesso no uso do BLW por bebês alimentados com fórmula infantil!

Cada família tem suas particularidades, cada bebê suas individualidades, cabe aos pais conectarem-se com eles, pesarem as orientações do pediatra, sempre procurando se informar das mais recentes pesquisas e evidências científicas e decidir, conscientemente, qual a opção mais saudável para si.

ATENÇÃO: Não sou pediatra, nem nutricionista, muito menos especialista em introdução alimentar, apenas uma mãe que ama muito ser mãe e pesquisa bastante antes de decidir como proceder com seus filhos! Se você se interessou pelo BLW  e pretende tentar, leia mais e converse com o médico do seu filho! Sugiro que entre no grupo "falando de introdução alimentar", no facebook e que siga @babynutri, no instagram!

boa sorte! =)



domingo, 31 de agosto de 2014

educômetro

teste para saber se você está fazendo um bom trabalho quanto a educação do seu filho:

responda as questões abaixo:

1. seu filho obedece a todas as suas ordens?
2. Ele come tudo que você manda?
3. Nunca bateu em outras crianças, nem ocasionalmente tentou estapear sua cara?
4. jamais soltou a sua mão e correu?
5. nem um dia em sua vida deitou no chão do shopping?
6. nenhuma vez gritou na igreja?
7. Sempre divide o lanche e os brinquedos?
8. cumprimenta alegremente seus amigos?
9. desculpa-se e agradece sempre?
10. responde com sim a todos os seus pedidos?

Caso você tenha respondido não a alguma das perguntas a cima, saiba que seu filho é uma criança como qualquer outra! Se você achou que eu ia dizer que ele é mal educado, você não me conhece   estava muito enganado!

Já se você respondeu sim a todas, seu filho só pode ser um ET, desculpa.

Crianças são seres humanos em desenvolvimento e não conseguem perceber o mundo como nós, adultos! Na sua perspectiva, tudo gira em torno delas, por isso não entendem limites. Querem seus desejos atendidos na hora e não adianta explicar, neurologicamente, não estão prontas para obedecer! Nossa responsabilidade é ensiná-las através de empatia e exemplo como agir diante do medo, da curiosidade, do desejo descontrolado de por a mão na tomada.

Dar palmadas e colocar num canto isolado, de castigo (argh, odeio essa palavra!) pode cortar comportamentos indesejados pelos adultos como bater na cara da mamãe, mexer no enfeite da sala, gritar por um pedaço de comida, se jogar no chão, mas isso não quer dizer que a criança aprendeu por que não deve fazer tais coisas! Quando esses comportamentos são extintos por ações semelhantes as citadas, nossas crianças podem perder um pouco da sua individualidade, se moldando a fôrma de obediência esperada pelo mundo a nossa volta e muito provavelmente entenderão aos poucos que não podem lutar pelo que querem, não podem questionar, não podem ser diferentes de ninguém, o que  prejudica seu desenvolvimento e auto-estima.

As chamadas "birras" todas farão, em proporções diferentes, dependendo da sua personalidade. É a maneira que conhecem para expressar seu desapontamento diante da impossibilidade de ter e fazer o que querem. Percebo que o desconforto dos pais mediante tais atitudes é social! Nos constrangemos diante dos olhares dos outros. O que será que pensarão da mãe ou do pai que somos? Mas o que realmente deve importar é o vínculo entre nós e os pequenos! Mais vale validar os sentimentos da criança, demonstrar respeito pelos seus desejos e necessidades particulares e compreensão pelas suas atitudes imaturas (por que, afinal, nós é que somos os adultos, oi?) do que dar satisfação a quem vê de fora e julga sem conhecer nossa vida (e mesmo que conheça!). Deixem que falem, deixem que pensem. Atentem para o que é realmente especial, aquilo que seu filho levará pra vida toda! lembranças de uma pai e uma mãe amorosos, respeitosos, sensíveis! A partir desse exemplo, aprenderão a ser assim também e levarão como herança para sua vida adulta o altruísmo, melhorando suas relações com os que viverem a sua volta. Particularmente, eu acho que o amor é contagioso!

É preciso deixar claro que precisamos, obviamente, ensinar as crianças sobre limites e bom comportamento, mas sempre lembrando de não criarmos expectativas incompatíveis com a maturidade delas! Quando você achar que seu filho fez algo desagradável respire, ponha-se no lugar dele, calmamente resolva a situação e depois de maneira firme, porém amável explique por que o que ele fez te deixou chateado, sempre lembrando de não transferir seus sentimentos para a criança e sim para a atitude dela!

Alguns exemplos de como eu procuro agir com os meninos e tem dado certo:

quando querem mexer em algo que não pode, primeiramente eu avalio se realmente fará diferença mexer naquilo. Se não for algo que machuca, deixo mexer, descobrir, aprender. Se o objeto não é meu ou é perigoso, tiro do alcance da criança, caso não seja possível, faço qualquer macaquice  arrumo algo interessante para ela fazer! Exige criatividade, pois nem sempre é fácil achar algo que chame mais atenção que um objeto proibido, mas funciona e evita o estresse de ficar retirando a criança do local e repetindo "não"!  Palmadas podem cortar esse comportamento, mas sinceramente, não acho que ensinem absolutamente nada e também não acho justo sofrer violência por curiosidade, desejo de aprender e explorar o mundo a nossa volta!

quando ocorre uma crise de choro tento conversar, explicar por que estamos fazendo o que o faz chorar. Normalmente não resolve no mesmo instante, mas coloco no colo, abraço, digo que compreendo (usando termos referentes a situação, ex. "sei que aqui está muito legal e você não quer ir embora agora, mas eu preciso ir e não posso ficar longe do meu filhão!") e procuro mudar o foco da situação fazendo perguntas ou sugerindo novas atividades! Normalmente não dá 3 minutos, estamos todos calmos e felizes!

Quando agem com agressividade, batendo, gritando ou coisa do tipo, calmamente falo que aquele comportamento me entristece, peço para falar baixo (falando bem baixinho) e digo o que espero deles: que me abracem, me beijem, falem palavras agradáveis. As vezes a raiva é grande e eles precisam de um tempo pra se acalmar (acontece até com a gente, é ou não é?), se eu percebo que é o caso, posso até pedir (a Benício claro) que fique no quarto um pouco, mas nunca com o intuito de pensar no que fez (certeza que ou não pensaria ou ficaria com mais raiva ainda), mas sugiro que saia quando se acalmar ou que descubra algo legal para fazermos!

Disciplina positiva é um exercício diário. Compreender que nossos filhos são prioridade, não importando o que os outros estão pensando de nós e refletir sobre suas e nossas atitudes a partir da perspectiva deles é o ponto de partida para fazer dar certo. Dizer não quando necessário e sim quando possível é demonstrar que respeita e se importa com o que pensam e sentem! Sim, crianças pensam e sentem e buscam seus próprios quereres com unhas e dentes! Jamais tentando nos manipular com esperteza maligna,  mas do jeito que sabem. Conforme forem crescendo e aprendendo outras maneiras de argumentar e se comunicar, mudarão de estratégias, ensinemos pois as estratégias do diálogo, do se importar com a necessidade do próximo através do exemplo e do nosso relacionamento com elas!

Sei que não é fácil manter a calma sempre, que outras circunstâncias nos cercam, que também nos cansamos, temos nossos defeitos e fraquezas, mas vale a pena o esforço pra mudar! Uma coisa que me ajuda a não perder a paciência é assumir a responsabilidade pelos meus sentimentos, por exemplo, quando preciso pedir desculpas a Bê, peço e ao invés de falar coisas do tipo "desculpa, mas VOCÊ me estressou" eu procuro falar "desculpa, mas  EU estou muito cansada e estressada, eu não quero mais gritar com você!"

Por fim, vamos abolir os rótulos! nada de taxar os pequenos os nossos ou os alheios) de mal educados, desobedientes, difíceis ou "buliçosos" (um sinônimo, por favor)! vejamos tudo pelo lado positivo! mudar o nosso olhar sobre as crianças, muda a nós mesmso e pode mudar o mundo a nossa volta!







domingo, 10 de agosto de 2014

Pai é pai.


Essa história de que “mãe é mãe” não cola mais! Claro que mãe é mãe, assim como  homem é homem, menino é menino, macaco é macaco  pai é pai.

Não podemos afirmar que a mulher tem um papel mais especial que o do homem na criação dos filhos e não dá mais pra colocar todo homem no mesmo saco, aliás, nunca deu! Não existe uma fôrma só de gente. Nem de mãe, nem de pai.

Pra começo de conversa pai e mãe são os que criam, educam, amam. Isso, sim, podemos reproduzir! Sem essa de que mãe ama mais por ser quem gesta e amamenta, pois mães adotivas amam tanto quanto as biológicas! A gestação pode ser um bônus na conexão mãe-filho, mas existem muitas outras formas de produzir apego!

Pai não é quem ajuda a mãe, é quem faz “sua parte” e a parte de um pode não ter a mesma medida que a de outro, principalmente pra quem vê de fora. Não dá pra ler mente, coração e vivências sociais de todos os homens e sair julgando por que fulaninho é do jeito que é.

Pai é quem se reinventa pra fazer seu melhor! Muitos não entenderam ainda que podem ir além de comida, brinquedos e escola boa. Sinto por eles, estão perdendo tanto...

Admiro os que já abriram a porta da entrega total, com a chave do amor. Que chegam cansados e viram cavalo de cavaleiros de um metro! Fazem os braços de avião e levam coraçõezinhos as nuvens do afeto! Que priorizam seu pequenos, passam noites observando a respiração e não têm vergonha do peito da mulher de fora. Esses que constroem lembranças pra si e para os filhos, na leitura de historinhas, no respirar fundo buscando mais um pouco de compreensão, no pensamento distante que tenta prever onde tudo isso vai dar, no desejo profundo de ser o melhor exemplo de bem!

Temos que parar diante de discursos que viram paredões, para que os pais sejam tudo o que querem ser! temos que incentivar para que sejam todos emocionalmente presentes na vida dos filhos e torcer para que isso transforme aos dois! Mãe é mãe, pai é pai e podem tudo quando a motivação é o amor!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

1 ano que meu trio virou quarteto

Já comecei a escrever esse texto cinco vezes. Escrevo e apago, não sei o que dizer, nem por onde começar! Penso em quando achei que estava grávida, uns 15-20 dias antes de engravidar. Que louco! O exame deu negativo e eu fiquei aliviada, mas quando deu positivo me senti maravilhada!

E pronto. estava ali, concentrado em meu útero o meu maior amor, todinho, e ao mesmo tempo estava fora com Bê! lembro dos medos, de não saber amar você, Danilo, como amava a seu irmão. Que tola! Chorava e temia que você atrapalhasse a conexão do nosso trio (papai, mamãe e seu irmão), nem imaginava quanta conexão, amor e crescimento poderia haver em um quarteto! 

E nós quatro vamos indo, sendo levados pela loucura de ter um bebê na direção! Sim, você dita as regras e nós abrimos mão de tanta coisa! Não, não és um pequeno ditador, o rei da casa ou um sem limites, mas és o mais desprotegido do grupo o que precisa de mais atenção, seguido por Bê, que recebe a medida que lhe é necessária! 

Vamos felizes, em paz. Uns dias com pressa, querendo que o tempo passe, ansiando fazer tantas coisas impossíveis agora, outros admirando em câmera lenta a doçura de ter você assim pequenino, assim aprendendo e ensinando, cada dia apaixonando com o seu desenvolvimento! 

O que você já sabe falar e fazer são o de menos pra colocar num post como esse, falando sobre a maravilha de tê-lo! O parto que eu tanto quis e consegui, torna-se pequeno perto da grandeza de acordar com seu sorriso! 

dia 27 de julho de 2014 fez um ano que você nasceu. Nesse dia adormeceu mamando e segurando meu dedo, enquanto eu te olhava e chorava sei lá por quê! Apenas agradecida a Deus e pedindo a ele que te protegesse e que me ensinasse a te mostrar o Caminho! 

Sabe quando as pessoas fecham os olhos pra lembrar de algo? Posso sentir teu cheiro, teu toque suave, de olhos abertos enquanto escrevo, e gostaria de nunca esquecer! 

Já tentei terminar esse texto umas cinco vezes, mas não sei como o fazer! há tanta coisa para dizer...

quinta-feira, 24 de julho de 2014

mãe antibrinquedo

Tô eu em lojas de brinquedos tradicionais, onde a maior parte deles é de plástico com botões, luzes e musiquinhas irritantes. Tô eu procurando presentes de aniversários e minutos depois querendo fugir frustrada pra uma livraria qualquer!

Nesse tipo de passeio me canso rápido! Passo o olho nas prateleiras e tirando jogos, quebra-cabeças e um ou outro brinquedo, o resto me enjoa. Bonecos, bonecos, carrinho, pistas, bonecos, coiseras que ocupam espaço demais e permitem pensar de menos, surgem aos meus olhos e tentam acabar com meu bolso ou limite do cartão!

Não, não estou querendo dar uma de intelectual, o problema é  que aqui não cabem tantos bonecos que fiquem esquecidos por dias, semanas e sei que meus filhos são muito inteligentes para seguir o que uma mesa de ferramentas os manda fazer em três línguas diferentes! Quanto mais brinquedo mais bagunça pra arrumar e  além disso, sou do tipo "abaixo o consumismo" e "diga não a publicidade voltada para o público infantil" (ok, eu vou comprar os bonecos de Como treinar o seu dragão da mc donalds porque achei o filme fofo).

Quer ver eu ficar irritada, é Benício vendo tv: "mamãe, eu quero um desse!" "mamãe, eu quero um desse" "mamãe, eu quero um desse"! (santo netflix que me livrou dos comerciais) Bê, senta aqui e vamos fazer nosso brinquedo com papelão! vamos pintar, jogar bola, fazer bolha de sabão com tubo de caneta, casinha de lençol velho!

Adoro quando ele brinca de faz de conta com coisas de verdade, quando a tampa da panela vira escudo de cavaleiro e um pano qualquer transforma-se no vale dos dinossauros... ver seus olhos brilhando, refletindo a transformação de copos descartáveis em binóculo mágico, bom demais!!!

Criança e criatividade têm a ver até no nome, e acho que funcionam bem com brinquedos que não parecem de brincar! É questão de liberdade!

Em 4 anos devo ter comprado dois ou três brinquedos pra Bê. Compro livros, jogos, quebra-cabeças. Bonecos, carrinhos, bolas, ele ganha e agradeço todos os presentes! Claro que tem muita coisa legal! tem cavalo de pau, conjuntinho de médico, cesta de basquete, bonecos de heróis e dinossauros, mas veja bem, pra que exagerar, no aniversário de 3 anos, uma festinha com uns 15 convidados (na escola), o menino ganhou 10 presentes e 7 deles eram carros de plástico! SETE!

O aniversário de Danilo é domingo e quem quiser presenteá-lo não se reprima, apenas pense bem no que vai dar, brinquedos educativos existem, quanto menos luzes melhor, de preferencia que não usem pilhas. =D

Nos mais, quando for a um aniversário infantil seja original, não dê carros e bonecas pois com certeza mais alguém dará!

desculpa a chatice,

beijos






sexta-feira, 11 de julho de 2014

pra frente...


Você cresce e percebe que os sonhos estão sempre se reinventando. Ou porque você mudou e não deseja mais as mesmas coisas ou porque o tempo passou e não deu pra correr atrás de tantos anseios.
Grávida pela primeira vez, em 2009-2010 o que eu mais queria era ser perfeita. Achava que tinha que estar completamente pronta quando Benício chegasse aos meus braços, pra não errar em nada. Os meses passaram e obra milagrosa alguma aconteceu em mim! Eu não sabia que a escola ERA ele, que a cada decisão difícil eu estaria aprendendo, que a cada aperto no coração cresceríamos juntos, que tanto iria mudar, mas não pra poder educá-lo e sim por educá-lo!

Grávida pela segunda vez, em 2012-1014 eu pensava mais uma vez em como precisava melhorar (e ainda penso, e ainda anseio). Há  onze meses Danilo nasceu. e ter dois filhos não é igual a ter um só. Novas experiências, medos, descobertas. Desafios diários, muitos. As vezes eu paro e penso "quando o caos vai acabar?" Sim me sinto plena em tê-los comigo, agraciada com essa missão de educar seres humanos (ainda mais nesse mundo difícil), me sinto amada, mas me acho tantas vezes muito tola, medrosa e imperfeita pra algo tão grandioso como a maternidade!

Como eu ia dizendo, parece que estou em meio a um caos. Uma guerra comigo , para ser clara. Olhando de fora alguém pode pensar: "Ela tem uma bela família, saúde, trabalho, o que ela está falando?" Até eu penso e me sinto completamente feliz e realizada, mas ao mesmo tempo cansada, insegura.

Quanto aos sonhos de que falava lá em cima e não só os sonhos, mas os desejos e até as necessidades que parecem urgentes , precisam, quase sempre, ser deixados pra depois. E depois não são algumas horas, muitas vezes não são apenas dias, talvez anos, talvez vidas... possivelmente, muitos ficarão pra nunca mais e com o tempo deixarão de fazer falta.

O tempo da maternidade briga com nossos próprios quereres, nos encurralam em meios a desafios nos fazendo pensar em caminhos mais fáceis. Nessas horas eu lembro que com eles, os filhos, não terei depois, não terei segundas chances. O que vale é o aqui agora e é preciso fazer o melhor. Mesmo cansada, cheia de vontades, posso esperar. Tudo pode esperar, por que aqueles 9 meses em que achei que não mudei em nada passaram, 4 anos se passaram, mais 40 semanas se passaram, por fim, 11 meses se foram. Parece pouco, mas é tudo o que eles já viveram.

As noites em claro, febres, mordidas, "birras" passam, mas passam também o colinho, o cheirinho de bebê, o correr para os nossos braços, o ser tudo que eles precisam. Eu fico feliz que, em meio a tanta insegurança, eu tenha plena consciência disso e que, em meio a tanta imperfeição, eu possa aprender com eles e por eles a ser melhor!

Desculpem se o texto é confuso, mas são sentimentos expostos como são, como os sinto. Hoje não consigo projetar 100% quem eu gostaria de ser. Consigo gostar do que sou, mas não completamente de modo que não queira mais mudar. O que sei é que me transformo todos os dias, caminhando, nunca mais sozinha.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Deixem parir e deixem não parir também!

São indiscutíveis as vantagens do parto natural quanto a saúde de mãe e filho assim como não podemos questionar a eficácia da cesariana como uma cirurgia capaz de salvar vidas nos casos em que há alguma intercorrência. Além do aspecto físico, muitas mulheres (tipo eu) relatam ter vivido algo muito louco fantástico e transformador ao parir, mas precisamos reconhecer que o parto normal, para que seja uma experiência benéfica para a mulher, deve ser uma escolha da mesma.

Infelizmente, nem sempre fazemos escolhas baseadas em informações de qualidade, assim como nem todas as nossas decisões são racionais. Insegurança, medo da dor, desejo de proteger nossos filhos nos levam a cometer erros e acertos. Mesmo assim, em tempos de luta pela humanização do parto, cesariadas tornam-se, muitas vezes, alvo de críticas, principalmente pessoas públicas, como atrizes, modelos, e famosas em geral.

Quinta-feira (19/06/14), nasceu o segundo filho de Wanessa Camargo, de parto normal hospitalar. A cantora já tinha uma cesárea e manteve firme sua decisão de parir em meio a vontade contraria de seu pai. O parto virou notícia e a nova mamãe de dois ganhou mais fãs. E aí que sua rival colega de trabalho Sandy, cinco dias depois, teve seu primeiro filho, por via cirúrgica.

Sandy havia declarado em entrevistas, no inicio da gestação, que desejava parto normal, assim como a maioria das mulheres, e iria deixar os destino decidir. Infelizmente, diante das inúmeras falhas do sistema obstétrico do nosso país, "deixar nas mãos do destino" é arriscado e na maioria das vezes o resultado é uma cesárea desnecessária. Não estou afirmando que foi esse o caso de o Sandy. Das palavras ditas por ela, a única certeza que temos é que o que é imortal não morre no final  (desculpa, não aguentei) seu filho nasceu de cesárea e estão bem. Não acredito que falta de informação tenha sido o motivo da cirurgia. Não sabemos sequer se a cesárea foi agendada ou não e se houver sido escolha da Sandy não temos poder para julgá-la.

Continuo admirando as que querem e conseguem parir em nosso país. Continuo defendendo que não há meio melhor de nascer que o natural (salvo caso de necessidade verdadeira de interrupção da gestação através de cirurgia), mas aos que mandam as mulheres que sofreram cesárea para o tronco da humanização para que levem 300 chicotadas via comentários preconceituosos e desrespeitosos em redes sociais, deixo as palavras da musa da minha infância e pré adolescência (ABAFA):

"Quem escolheu fui eu, e tenho que aceitar
mas não foi erro meu, você no meu lugar
faria exatamente igual"
(Imortal/immortallity, sandy e Júnior)

=P


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Dan é dez!

10 meses, 10 kg e muito amor...

Primeiro quero externar meu arrependimento em não ter feito postagens mês a mês sobre o desenvolvimento dele, mas me consolo pensando em como é tudo tão corrido e como o fato dele dormir apenas grudado em mim não me deixa fazer nada!

Sim, Danilo fez, dia 27 de maio, 10 meses de" muito amor e coisa e tal", de "eu não sei mais como era antes", de "parece que você sempre esteve aqui!". 10 meses que pari, renasci, virei mãe de dois. 10 meses que corro mais, me divirto mais e estou muito mais cansada e ocupada.

Danilo continua grudinho. Vai pra todo mundo, mas depois das 19h só me quer! A mim e aos meus peitos, claro! A noite toda mamando...Levanto da cama (a dele, pois é lá que dormimos) e ele acorda poucos minutos depois! Há dias em que bate o desespero e o cansaço e só uma tia e uma irmã que nos ame muito pra nos doar uma tarde de sábado!

Possui dois dentes, o segundo saiu essa semana.

Come bem...dia sim, dia não! É inimigo da colher, gosta de comer com a mão e fazer uma bela meleca!

Deu dois passinhos na última semana com 9 meses, mas não saiu dos dois ainda.

Fala "mamamamama", principalmente quando está chorando, "papapapa"quando acordamos e chamamos papai de manhãzinha, "té"quando quer muito alguma coisa e solta uns "Bê"vez por outra quando vê o irmão... também libera uns "titititititi" para Tia Linda e Tia Clara (tenho minhas dúvidas-hahahah)

dá tchauzinho, bate palminhas...

Aaaama outras crianças e bebês, principalmente Benício! Brinca com ele, agarra, sobe em cima, puxa os cabelos! muito amor!

Veste roupas de 1 ano (ou mais) e não usa muitos sapatos.

Ainda gosta de ficar no sling, principalmente quando com sono.

É louco alucinado pelo violão do pai. Chora quando guardamos o instrumento. Se interessa bastante por música!

Faz barulhinhos engraçados pra chamar atenção: barulhinho tipo "lherolhero"com a língua ou o som do kiko chorando (é Kiko de Chaves mesmo), quando tá chateado ou querendo alguma coisa! Algumas vezes pra dormir, mama "cantando" e se ninando, me derreto toda!

Dan tem um jeito delícia de ser. É tranquilo e traquino ao mesmo tempo! É bem apegado, mas super seguro. Um amor de bebê que conquista a todos facilmente!


Dan é dez
desenhado no meu coração
desdenhando da minha obrigação

Dan é dez
desde o levantar até o deitar
do sorrir ao desesperar

Dan é dez
dez meses de mais desplanos
e que venham dez anos






quarta-feira, 21 de maio de 2014

machucou?

(fluxo de consciência de uma mãe  insana  sobre quando o filho cai)

Ai, que barulho, que baque, foi o menino? O menino? O MENINO!!! Aaa...coração sempre dispara e ao invés de aquecer, congela e congelado gera um calor que ao invés de fazer correr, paralisa e paralisadas minhas pernas correm. Impossível? Pois sinto tudo isso ao mesmo tempo e não sinto nada quando ouço um barulho de pancada, uma queda, um choro que segue dois segundos de silêncio sombrio e assombroso. Uma eternidade ligeira que mal se percebe e percebida deixa um vácuo interrogativo e  esperançoso. O problema, a solução é que em menos que esses dois segundos uma mãe desalada já voou por cima do mundo, do tempo e do espaço e agarrou a cria. Caiu? Passa que o filho é meu!

sábado, 10 de maio de 2014

feliz ano novo das mães

Quando um novo ano se inicia, pessoas costumam listar seus desejos, traçar metas, escrever sonhos. Esse ano eu fiz isso mentalmente. Fiquei de escrever depois, mas quando tenho tempo não lembro. Percebi que em meio aos meus desejos e planos para 2014 existem muitas coisas relacionadas à maternagem. Que mãe eu quero ser para os meninos? Que atitudes preciso ter para permitir que eles alcancem o que existe de melhor neles e no mundo?

O ano das mães começa no segundo domingo de maio e chegando esse dia, quero minhas metas escritas pra que eu não esqueça onde desejo chegar, onde quero que eles cheguem e que família quero construir.


1. Proporcionar uma alimentação mais saudável para a família.

Não costumo cozinhar e nem sei. Algumas vezes me arrisco a fazer algumas receitas e, diz o marido (suspeito), que ficam boas. Entretanto, geralmente, não me preocupo em fazer pratos mais saudáveis e Benício (por enquanto Danilo come separadamente) também come tais pratos. Esse ano pretendo me esforçar para fazer uma boa lista de compras e fiscalizar a feira (quem faz é o marido). Escolher receitas que nos façam bem e praticar. Quanto aos lanches de Bê, tenho diminuído industrializados, mas preciso procurar mais opções!


2. Decorar a casa

Quero decorar a casa, pensando cada cômodo para nós quatro, meio que já faço isso, mas no momento a sala tá vazia e os quartos sem muitos enfeites! Quero deixar tudo com nossa cara, mais aconchegante e divertido. O que isso tem a ver com maternagem??? Uma casa precisa acomodar bem todos os moradores, inclusive (e principalmente) as crianças. Objetos de uso dos pequenos precisam estar a seu alcance para lhes proporcionar autonomia e maiores possibilidades de aprender. Por outro lado, precisamos de segurança e tudo deve ser cuidadosamente pensado. Adoro as ideias montessorianas para decoração da casa, tudo pode ficar lindo, funcional, clean e sem gastar horrores!


3. Menos TV

Houve um tempo em que Benício assistia bastante televisão. Passamos por galinha pintadinha, Patati e Patatá e backardigans, depois veio a fase discovery kids e hoje, conhecendo os malefícios que o uso desse aparelho pode causar às crianças (erotização precoce, exposição a desenhos que ensinam valores inadequados -na minha opinião- dificuldade de concentração, alterações no sono, exposição à publicidade  milhares de etc) tenho reduzido cada dia mais o tempo que ele passa assistindo. Durante a semana, quase sempre, não chega a uma hora e muitos dias nem ligo mais. Alguns podem julgar "já usou pra ele adormecer, pra comer quietinho, pra fazer silêncio e deixar o irmão dormir, e agora quer dar lição de moral!" , Nada disso, colega! Agora que Danilo dorme no braço e tenho que tirar leite enquanto amamento e dou o jantar de Bê "precisaria" mais que nunca, mas optei por não tê-la como babá. Ainda a uso assim, em dias críticos, em momentos de estresse, mas no geral tenho vencido essas "batalhas" de outras maneiras e me sentido muito orgulhosa disso (e ocasionalmente dado uma pressionada para o papai se esforçar mais um pouco).


4. Diminuir os brinquedos

Esse ítem é especialmente difícil, visto que, cada dia que passa as pessoas querem presentear os meninos e eu sinto muita dificuldade em me desfazer dos brinquedos antigos porque Bê tem uma memória ótima e sempre torna a perguntar pelos que doamos ou jogamos fora. Apesar de ter uma quantidade enorme de bonecos, costuma brincar com todos, mas vou pensar e repensar, quebrar a cabeça e dar um jeitinho de diminuir essa bagunça, pois é fácil perceber como são capazes de se divertirem com poucas coisas, principalmente quando não são brinquedos e podem usar livremente a criatividade.


5. Usar a cabeça

Adoro criar e permitir que as crianças criem! Sou meio louca com caixas e costumo guardar as que aparecem até que tenha uma ideia para reutilizá-las para fazer algum brinquedo ou atividade criativa. caixinhas pequenas andam se acumulando dentro dos armários desde que Dan nasceu, pois o tempo ficou curto para executar alguma coisa. Espero que com mais alguns meses (que sejam poucos) eu consiga conciliar minhas ocupações e voltar a ter muitas horas de diversão com Bê (e incluir Danilo também).


6. Dar bons exemplos

Preciso cuidar muito mais de mim, todo dia, toda hora relembrar quem desejo ser e buscar domínio próprio para deixar velhas ações e reações. Sempre tive comigo o desejo de amadurecer, de melhorar quem sou, de agradar a Deus segundo a sua palavra e, como mãe, tenho um motivo a mais para isso! Se me importo com o que as pessoas pensam? Sim! Não para me podar e agradar a todo mundo, mas para que eu seja exemplo e transpareça a mente de Cristo. Ética e caráter não são exclusividade de cristãos, mas como uma, sinto que é minha obrigação revelar em minhas atitudes tais atributos (e muitos outros) de Deus.


7. Cuidado com meu falar

Quero cuidar do meu falar, desde o volume até as palavras escolhidas. Quero falar sempre baixinho e guardar o que os pequenos não devem nem precisam ouvir para mais tarde. Quero que os gritos e expressões grosserias sumam da minha casa e da minha boca! É um exercício diário. A cada vontade de gritar preciso pensar no que aquilo pode proporcionar aos ouvidos inocentes dos meus bebês, a cada reação agressiva, preciso lembrar dos olhos arregalados e assustados que me olham e me conter, pois um pedido de desculpas traz reconciliação, mas aquele medo, aquela mágoa podem demorar a sarar ou se esconderem naquele coraçãozinho doce, o amargando aos poucos.


8. Atividades em família

Preciso arrumar melhor nosso tempo em família. Tem sido difícil com Danilo ainda tão bebê. As refeições são um caos e sei como isso é ruim pra todos nós! Além dos momentos em casa, de querer sentar, ler histórias, ouvir músicas e jogar alguma coisa, quero mais passeios. Não apenas dar um jeitinho pra que caibam as crianças nos programas dos adultos, mas procurar pela cidade programações especiais para eles, nessas sempre nos cabem e o sorriso que eles dão por um passeio bobo na pracinha faz valer a pena.


9. Fazer um culto familiar

Sempre falamos sobre iniciar um culto familiar e nunca conseguimos encaixar nas nossas agendas abarrotadas, mas é algo que não posso deixar pra lá. Ensinamos diariamente a Benício sobre Deus, através de conversas, historinhas, coisas do dia a dia, mas acho importante ter esse momento especial para aprender mais sobre jesus. Se não o fizermos ele continuará aprendendo o caminho, pois acredito que exemplos falam muito mais do que "uma hora didática e instrutiva sobre religião" , mas lembro como eram legais os cultos familiares que meus pais fizeram por um tempo e quero também esse tempo pra nós.


10. Viver cada momento como se não fosse voltar (e não vai):

Quero aproveitar cada segundo com Danilo dormindo no colo. Cada minuto com Benício levantando minha saia, sem reclamar. Mesmo que eu esteja cansada, que a calcinha esteja furada, quero enxergar sempre que amor há nessas manias. Imagina o quanto se ama um colo em que se deseja dormir e quanta segurança há numa saia que timidamente se torce a barra.


Desejo a todas as mamães, um feliz ano novo das mães! Que esse segundo domingo de maio seja para nos parabenizar, para comemorar e nos alegrar pela presença das nossas mães e dos nossos filhos, mas que seja também para refletir sobre que mãe temos sido e como melhorar nossa maternagem!

Boa sorte pra nós!






sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quem nasceu primeiro, o peito ou a chupeta?

Em primeiro lugar, quero deixar claro que não tenho nada contra os pais que dão chupeta aos seus filhos. Sou contra A CHUPETA, não contra as mães, nem os bebês que fazem uso da mesma. Agora assumo, não consigo curtir foto de bebê de chupeta nas redes sociais. É mais forte do que eu! 

O possível "lado bom"de usar a chupeta é que ela, supostamente, acalma o bebê, satisfazendo sua necessidade natural de sucção e, provavelemente, o fazendo dormir melhor, permitindo que a mãe descanse. Mas isso não garante que a real necessidade do bebê seja correspondida. Será que ele só quer sugar algo? Será que ele só te quer por causa do peito, mãe? Creio que não! imagina querer um colinho, um aconchego, calor, cheirinho de mainha e receber um "calaabocadeborracha".

A chupeta, assim como a mamadeira, é uma mania social, um engano geral. A impressão que se tem é que os bebês (ou seriam os pais) não podem viver sem ela. Dizer que não usamos chupeta sempre causa espanto e olhares de piedade. Sempre ouço que sou louca ou corajosa, mas apenas tive um pouco de informação e decidi dar ao meu filho o que tenho de melhor. 

Sobre os males que a emborrachada pode causar...

Desmame precoce (esse me dá calafrios), má formação na arcada dentária, prejuízos respiratórios, infecções de ouvido, rinites ou amigdalites, verminoses, candidíase oral etc.

Não vou me desdobrar em explicações de tudo de ruim que bicos artificiais têm a oferecer pra nossos filhos, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) já fez isso aqui e quem sou eu perto deles??? AVISO: Após a leitura você poderá passar a desconfiar que o pediatra do seu filho comprou o diploma (não entendo médicos que não orientam quanto a isso)!

Repetindo, não sou contra os pais que decidem por dar chupeta (e mamadeira) aos filhos, mas afirmo que, para a maioria dos bebês (alguns casos específicos têm necessidade de fazer uso desses objetos) é desnecessário. Cabe aos responsáveis observarem se a necessidade do cuidador supera todos esses riscos.

Por favor, por favor, não pense, nem diga "eu chupei chupeta e não tive nada disso!" ou "meu filho chupou e não morreu!" Acho mesmo que não vale arriscar!

Por fim, declaro minha insatisfação com a expressão "está te fazendo de chupeta", afinal, um bebê mamífero de qualquer espécie nasce sabendo mamar e sequer saberá o que é uma chupeta a menos que lhe deem uma. Se meu filho passa o dia pendurado em mim, mama sem parar e não me deixa dormir, fazer cocô ou comer, ele está me fazendo (apenas) de mãe!

terça-feira, 1 de abril de 2014

um buraco no coração e outro no bolso

É isso que me deixou o fim da licença maternidade. Quem dera poder ficar mais um pouco integralmente com meu bebê. Poder botá-lo para dormir e amamentar em livre demanda por mais tempo. Descansar das noites mal dormidas. almoçar mastigando bem a comida, sem medo de ser feliz  perder o ônibus e acabar me atrasando.

O primeiro e maior rombo que fica, quando temos que deixar nosso bebê para trabalhar sem que estejamos preparados pra essa separação (acho que nunca estaria) é, sem dúvida, no coração! Por mais que confiemos em quem vai cuidar, por mais que ele não demonstre sofrimento, dá uma dor tão grande. Uma saudadona horrorosa. Mesmo pra mim, que trabalho meio expediente.

Nessa ondinha, perdi uns 2kg em um mês e umas 4 peças de roupa. não dá pra comer um prato de comida normal se você tem que alimentar e arrumar dois filhos sozinha e sair na hora certa. Pra que os imprevistos não atrapalhem a programação há de se antecipar em uns 30 min na arrumação e daí que não tem me restado apetite pra almoçar.

Engulo correndo, tentando não apressar Benício, para que ele coma alguma coisa e tome banho tranquilamente. tomo banho com um olho no peixe (Bê) e o outro no gato (Dan) e, as vezes, visto a roupa em meio a resmungos e lágrimas do baby que prevê minha partida.

Dar aulas enquanto seu seio goteja  leitinho e seu filho em casa toma leite descongelado, no copinho, não é legal, mas graças a Deus que não é o dia todo e que tive o privilégio (nem tanto, nem tanto) de ter uma licença de seis meses.

Chorei, estressei, reclamei, sonhei que ganhava na loteria e não precisava mais trabalhar  , mas não teve jeito. A licença acabou, "e agora, José?"

O que fazer com Danilo? (Benício estuda no horário em que trabalho). Possibilidades:

1. deixar com a sogra
2. berçário
3. babá

A sogra desistiu aos 45 do segundo tempo. Teve seus motivos os quais compreendo e respeito. Juntas visitamos um berçário e quando eu estava quase fazendo a matrícula, por falta de opção, a tia do esposo aceitou o convite que havia feito de cuidar dele (sendo devidamente paga) lá em casa! ufa!

Esse foi rombo no orçamento. Pagar um berçário ou uma pessoa de confiança pra ficar de babá, dificilmente sai barato. Pra muitas pessoas vale mais a pena largar o emprego, felizmente/infelizmente (tem  lado positivo e negativo nisso), não é meu caso. E eis-me aqui:

Laís, mãe-professora, um tanto mais lisa e de coração partido, em fase de adaptação.

(vou acabar por aqui pra ninguém desistir de ler na metade, mas prometo -desejo, de coração, conseguir- escrever mais sobre o assunto!)


sexta-feira, 28 de março de 2014

O pior filho do mundo

O QUE É QUE HÁ DE ERRADO COM ESSE BEBÊ????

Chega a esse mundo Danilo, um bebê grudinho, que adora colo e chamego. Não, não dorme a noite toda, mama. 

não sei qual é a das pessoas quando vêm com perguntas e observações do tipo:

"Ele é bonzinho, dorme a noite toda?"

O que eu deveria responder???

"Não. Nunca vi bebê mais ruinzinho! Não dorme nada e só quer viver no colo!"

"Meu filho não dá trabalho, é um anjo!"

(acaso o meu, que dá trabalho pra caramba, é um demônio?)

Todo mundo sabe que bebês são diferentes uns dos outros, mas muitos esquecem isso e insistem em achar que precisam ser independentes, conhecer o seu lugar, dormir sozinho e não nos dar trabalho! Ora, ora, como poderiam ser assim tão bem programados?

Benício veio mesmo pra me enganar! Dormia que era uma beleza e eu jurando que todos seriam assim!
Aí chega Dan. O bebê que dorme no colo (de dia). Não acredita, venha aqui e tente colocá-lo no berço, cama, rede ou seja lá onde for! 

"Você o acostumou mal!"

Se dar o colo que meu filho precisa, o aconchego que necessita e fazer o possível para que ele descanse é acostumar mal, então acostumei mesmo e pretendo fazer por muitos anos!

temos que lembrar que somos deles mais que eles são nossos. Os temos porque quisemos ou permitimos que assim fosse, já eles não escolheram, então agora é enfrentar a trabalheira e canseira e fazer nosso melhor!

Recentemente li um texto do dr.Dr. William Sears que denomina bebês como ele de "high need". Bebês de alta necessidade, que normalmente possuem as seguintes características: choram impressionantemente alto, são inconsoláveis, hipersensíveis, alertas, intensos e exaustivos

Achei uma definição pra Dan. E já percebo, agora que ele tem oito meses completos, que essas características vão se atenuando, acredito eu, que atendê-lo sempre, o mais rápido possível, ajudou e muito!

Se eu tenho o pior filho do mundo? Depende do que é ruim pra você! Meu Dan me quer mais que tudo, e parece que será muito carinhoso e simpático. Chora pouco e se desenvolve muito bem. Eu? voltei ao trabalho e estou acabada de sono e cansaço. Não vou desmamar, nem a noite. Não vou deixar chorar e com muito orgulho e convicção de estar fazendo o melhor: compartilho a cama!






Poeminha pra Dan

Todo  gostosinho
Da cabeça aos pés
Pra manter suas dobrinhas
Durmo de top less

De repente 4

Hoje, 25 de março de 2014, o jornal Desplanos conseguiu uma entrevista exclusiva com ele, o cara que, como diz o significado do seu nome, está sempre bem!

Cheio de personalidade, poder de argumentação, criatividade, determinação e manha, ele é lindo, carinhoso, engraçado e um tanto impulsivo!

Conheçam as preferências do aniversariante do dia: Benício Dias, a quem preferir, Bê.

Qual a cor que você acha mais bonita?

Bê: Verde...azul...(olhando para os dinossauros no chão) VERMELHO!!!!!

Qual o brinquedo que você mais gosta?

Bê: dinossauros!!! (pausa pensativa) eu gosto do Max Still.

Qual seu maior amigo da escola?

Bê: Noah

E da igreja, com quem você mais gosta de brincar?

Bê: Geraldo Neto.

E da igreja Mirr, tem algum?

Bê: Pepê (felipe)

Percebemos que você se relaciona muito bem com pessoas de todas as idade, você tem algum amigo adulto?

Bê: ninguém

Gosta de algum amigo da sua mamãe ou papai?

Bê: Dedê (morra, Daine Wood)

Dizem por aí que você sempre foi comilão. Qual sua comida favorita?

Feijão!

Temos informações de fontes seguras que você anda deixando o feijão do almoço todo. Tem certeza que é a comida que mais gosta?

Bê: (desconfiado) aaaaa...batata frita!

E fruta, qual você prefere?

Bê: maçã!

Que séries você tem acompanhado?

Bê: Peppa Pig, Doozers...

Na sua opinião, qual o maior time de futebol do mundo?

Bê: São Paulo!

Que música mais gosta de ouvir?

Bê: (dançando) "seu lobato tinha um sítio iaiaô..."

Ainda sobre arte e entretenimento, que historinha gosta de ouvir na hora de dormir?

Bê: Chapeuzinho Vermelho!

Pra finalizar, onde você gostaria de comemorar seu aniversário?

Bê: Na ilha dos dinossauros!!!

Laís Dias, para o jornal Desplanos

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Dos filhos sem mãe

As vezes eu paro e tento acreditar, embora não queira, que você não está mais entre nós. Sim, Matheus, eu prefiro os eufemismos, eu não quero nunca dizer com todas as letras. Eu sei que você se foi e pra não voltar. Sei que não vai aparecer aqui e pedir um biscoito, que não vai fugir do abrigo e querer se refugiar em minha casa, fazer xixi e não dar a descarga, tomar banho e não enxugar o banheiro, nem as pernas.

Tantas vezes me tirou do sério com suas brincadeiras infantis e eu me segurando pra não dar um cascudo. Quantas vezes tive medo de deixar você dormir lá em casa, medo das suas más companhias, não foi por mal, Matheus, eu só queria proteger meu filho.

Meu filho gostava de você e ainda lembra, o que me faz chorar. Eu também te amava, te amo, sei lá! E penso que Jesus não protegeu seu filho, por amor a um mundo inteiro de pecadores!

Aqui tem uma toalha que você deu a Thiago no dia dos pais. Eu sei que você o amava e ele a você. Você era impossível, trabalhoso, respondão. Você gostava de Benício dançando a música do tomatinho vermelho e eu sempre me lembrarei dos 500 vídeos que gravou no meu celular cantando "Eu não sou nada sem Ti, eu não vivo, sem Ti, sem tua presença eu morro"

A última vez que te vi, estava tão alto, com um vozerão. Estava crescendo e sei que já tinha botado uns filhos no mundo. Filhos que crescerão sem pai e que possivelmente cresceriam assim mesmo, mesmo que você tivesse aqui.

Se a maioridade penal fosse reduzida, tudo poderia ser diferente. Não quer dizer que concordo com a redução, mas você poderia estar vivo e preso, ou talvez não tivesse se metido a besta e estivesse no milionésimo abrigo para menores da cidade. Eu sei que você não escolheu ser pobre, que não escolheu nascer na favela, comunidade, como queiram chamar. Muito menos quis voltar pra casa um dia e ver que sua mãe tinha vendido o barraco e ido embora sem avisar!

Por falar em sua mãe, a conheci um dia. Eu estava comendo numa pizzaria e ela chegou com a sua reca de irmãos, drogada e grávida! Ela não escolheu ser pobre, ela não escolheu nascer na favela.

Muitos podem dizer que você teve todas as oportunidades pra mudar de vida. Eu poderia dizer isso, porque vi meu marido sair a noite e procurar abrigo pra você. Vi ele conversar muitas e muitas vezes e vi suas promessas de mudança. Eu prefiro dizer que acreditei e acredito que você tentou.

Não sei, nunca saberei se fiz tudo que pude. Acho que não. Não te abracei o quanto poderia, não disse que te amava. mas é tarde.

Fico aqui com essa sensação de que qualquer dia os meninos dirão "foi um engano" ou que eu vou ouvir sua voz irritante dizer "Lora, Thiaguim tá aí?"! Eu desceria as escadas correndo, você estaria de bigode e eu te daria um longo abraço como nunca te dei, como nunca darei.

Por fim, sei que você não vai ler isso, mas espero que qualquer que leia pense em todos os filhos sem mãe. Sem mãe, sem pai e sem pão!

A vida é feita de escolhas? Sim! Mas não sabemos aonde nossas escolhas podem nos levar,  nem temos todos as mesma opções...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

a rotina acontece

Estamos sumidos pois ando consumida pelas tarefas da vida (e nem voltei ao trabalho ainda). Cuidar dos meninos e tentar cuidar da casa, de mim, do maridon...Não tenho tempo, quando tenho tempo, não tenho disposição e os posts vão sendo adiados, embora não me falte o que falar!

Aproveitando a justificativa e pedido de desculpas aos milhares de fãs #só que não (só que não já saiu de moda, né?), falarei sobre rotina.

Amo rotinas rígidas, previsíveis. me sinto poderosa quando tudo está sob controle, me sinto em paz e alegre quando tudo sai como planejado e quando faço tudo praticamente igual, não todo dia, mas tipo: toda segunda a mesma coisa, toda terça, todo fim de semana...Claro que é bom fugir da rotina vez por outra, mas me sinto segura quando consigo prever o que está por vir.

Com crianças em casa percebemos que a rotina torna-se mais difícil de se manter de forma rígida. Com um recém nascido é praticamente impossível (alguns têm sorte). Os três primeiros meses são geralmente o estágio mais crítico da desrotina  e sem que notemos as coisas vão por si se arrumando na nossa vida e nossa vida nas coisas. Para alguns demora mais que para outros.

Nos primeiros meses com Dan era uma luta pra jantar. eu queria comer no horário de costume, umas sete horas, e ele queria mamar e dengar e coisa e tal. Era uma briga, um caos e sem que eu percebesse um belo dia eu estava jantando as 21h, quando finalmente ele ia pro cercado (onde ele dorme umas três horas por noite), todos os dias, tudo igual, ufa!

Hoje não temos horários rígidos, mas fazemos tudo parecido, mais ou menos na mesma hora. Danilo passa cerca de 2h horas acordado entre cada soneca (duas de manhã e uma mais longa a tarde), de manhã jogamos, brincamos, lemos, tagarelamos, depois do almoço arrumamos a bagunça, tomamos banho e a  tv é liberada por um tempo (enquanto eu dou altos cochilos na rede com Dan). Inicio da noite é esperar papai e jantar para dormir.

Hoje começaram as aulas de Bê e semana que vem volto ao trabalho (ai, meu coração) e mais uma vez teremos que nos refazer na nova rotina!

Não estresso mais e a solução foi desencanar, olhar menos o relógio, aproveitar os momentos e viver sem pressa!

A  rotina se faz, se desfaz, refaz. Ela acontece e, ocasionalmente, desacontece!


ps. As madrugadas continuam animadas!