segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Hora de dormir

Tenho que admitir, sou paranoica com horários. Vivo afirmando que as crianças precisam de rotina, o que é verdade, mas no fundo eu preciso muito mais. Estou sempre me concentrando muito pra não surtar em relação a isso, pois mesmo crianças que dormem super bem, o caso de Bê, vez ou outra sofrem uma alteração na rotina e mudam alguma coisa. Começam a acordar durante a noite, pulam para a cama dos pais. Há quem condene, quem ame, cama compartilhada é algo muito polêmico. Aqui ele sabe o cantinho dele, mas vez ou outra passa parte da madrugada conosco. Equilíbrio sempre.

Danilo, com apenas um mês e alguns dias de vida, dorme e acorda sem hora marcada. Tudo imprevisível. Vivemos uma fase de cair pelos cantos, o papai e eu. Madrugadas animadas, a gente vê por aqui. é um "passa-passa" de bebê a noite toda.

Dou mamar, se não dormir ando pela casa com ele no colo, chiando sempre: shiu shiu shiu. Isso é instintivo, coisa de mãe. Se não dormir passo a bola (a bola mesmo, pq tá gordinho que faz gosto) pro pai que vai pra rede com ele, caso continue acordado, repassa.

Quando finalmente dorme, boto no berço, perto da cama. Vou ao banheiro, tomo uma água, pra ganhar tempo e garantir que está dormindo mesmo. Volto e coloco o mosquiteiro (que faz um barulhinho chato que ocasionalmente o acorda). Continuou a dormir, corro pra cama na ponta do pé e lentamente me deito. A cama faz um leve rangido que pode também vir a despertar o baby. Segundos de tensão. E aí o menino geme, porque provavelmente estava fingindo dormir só esperando eu relaxar.

Juro, os bebês esperam as mães relaxarem pra chorar. Se a mãe tomar banho, disser que vai ou mesmo pensar em ir, eles gemem. Por mais que não acordem, você fica alerta mais uma vez e toma banho correndo. Sim existem outras pessoas pra pegar ele, caso ele chore, mas não são a mamãe!

Então prosseguimos a noite, entre cochilos, chiados, balanços, idas e vindas, chutes da mãe no pai (não me julguem ele deita atravessado na cama e eu quero esticar as pernas. Ah, e ele nem sente). Prosseguimos até o amanhecer ou quase, quando finalmente ele dorme. Mentira. Quando finalmente desmaiamos. Mentira também, não chega a tanto. Quando finalmente desistimos e levantamos pro café.

Entre uma volta e outra, uma noite ou outra Benício surge entre nós. Carregando seu lençol ou seu paninho, se enfia na cama e fica lá por alguns minutos até Thiago criar coragem de levá-lo de volta ao seu quarto.

Essas são as madrugadas que temos passado e que têm feito com que nossas manhãs sejam lentamente conduzidas entre pescadas e bocejos.

Sempre me preocupo em ser totalmente sincera aqui, então digo logo: as vezes é desesperador. mas aí você pega a criança, enrola num pano e lentamente faz a dança mais ridícula que puder, se ela não dormir pelo menos você pode rir de si mesmo.

Durmamos, pois enquanto os filhos dormem. Tempo que é reduzido sempre que um filho é acrescentado a conta!

Laís Dias

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